quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Amor platónico

Quando escrevi a trilogia que publiquei à uns tempos falaram-me do amor platónico.
Fiquei a matutar no assunto relembrando diversas coisas que já li em tempos.
Tendo em conta o lugar comum do tema o que me veio imediatamente à cabeça foi uma canção, “Me and Mrs. Jones”, que explica muito bem um lugar comum do que é considerado o amor platónico.

Amor platónico, na acepção vulgar, é toda a relação afectuosa ou idealizada em que se abstrai o elemento sexual, por elementos de géneros diferentes --como num caso de amizade pura, entre duas pessoas.
Partindo desta base não é difícil reconhecer o dito.

Conheço um caso paradigmático em que as partes não lhe chamam amor platónico mas sim partilha o que também pode ser uma definição bem interessante.

Estas duas pessoas conhecem-se há cerca de três anos ou mais, ele casado, ela divorciada mas com “namorado”.

Foi um modo de se relacionarem que foi crescendo com o tempo, primeiro comunicando apenas a horas de expediente e depois aos poucos foi evoluindo.

Sei que conversam de praticamente tudo deixando certas coisas omissas apenas para não misturarem as relações existentes com a partilha que dizem ter.

Sempre que sei algo do que se passa acho estranho não passarem a uma outra fase.

Pois em dias de trabalho trocam para aí uns 15 a 20 mails umas 6 ou 7 SMS e falam uns 15 a 20 min pelo telefone.

Vão almoçar juntos uma ou duas vezes por semana, de quando em vez vão também jantar fora, vão a espectáculos e por vezes passear.

Tudo indicaria que seria suposto algo mais fazerem mas não passam disto, pelo que sei, e também tenho a ideia que não irão passar nos tempos mais próximos salvo algum tremor de terra ou algo de semelhante.

Pode ser que tenham receio de dar um passo a mais e de alguma forma estragarem o que está bem ou então é um bom exemplo do chamado amor platónico sem reflexo na parte física.

Mas no fundo existem muitos chamados amores, entre pais e filhos por exemplo, que sem uma concretização física continuam a ser amor.

Será que o amor entre duas pessoas do mesmo sexo terá que passar mesmo pelo acto de fazer amor?

Depois de ter conhecimento deste caso tenho as minhas dúvidas, cada vez mais me convenço que o amor tem imensas formas de se expressar e que não devem existir ideias pré-concebidas para o dito.

Por isso ponham-lhe os rótulos que desejarem mas amor é amor e pronto.

5 comentários:

Gi disse...

Mega eu acho que é impossível existir amizade entre um homem e uma mulher,sem que exista antipatia física...Desviei-me um bocadinho do assunto,mas eu tenho um comportamento desviante por natureza!
Beijos naturais*

Paula disse...

Mega,
Não podia concordar mais contigo... é uma entrega, um deleite, um saber dar que não se explica
Beijos

Sofia disse...

Olá Mega, a amizade é também uma forma de amor, por exemplo!
Beijinhos,
Sofia

Paula disse...

Meu amor,

Selinho para ti
Beijinhos

Gi disse...

Selo no meu blogue...LOL!