quarta-feira, 25 de maio de 2011

A verdade e a mentira

Existiu um tempo, na minha fase de predador, em que omitia verdades e por vezes até era capaz de dizer alguma mentira para atingir os meus fins.

Não digo que era uma posição correcta, vista com os meus olhos de hoje, mas dava-me bem com a situação pois obtinha o que desejava.

Com o meu evoluir deixei de mentir e passei a dizer a verdade toda.

Mas curiosamente tive uma situação em que eventualmente não sei se fiz bem em ter contado a verdade toda e passo a explicar.

Passou-se à cerca de ano e meio ou mais, encontrei uma mulher e começamos a dialogar, sem ter pelo menos da minha parte, na altura, qualquer ideia em como é que a relação se poderia vir a desenrolar.

Mas começou a existir uma aproximação e uma certa atracção de um modo espontâneo.

Nessa altura decidi por as cartas na mesa.

E disse, sou casado, pelo menos por enquanto e existe alguém de quem eu gosto mesmo muito e se porventura essa pessoa me disser “vem” eu vou a correr como um cachorro a dar ao rabo de felicidade. Sabes que gosto de estar contigo e de conversar contigo mas não posso prometer mais do que posso dar. Para alem disso contei-lhe todo o meu passado.

Da parte dela foi assumida a situação e chegamos a vias de facto passado algum tempo.

Tudo foi decorrendo de acordo com as nossas disponibilidades, sem percalços e naturalmente.

Uns tempos depois tive umas questões profissionais que tive que resolver e que sabia que me iriam ocupar algum tempo e avisei que seria difícil um contacto durante algum tempo e que mesmo a comunicação não poderia ser tão amiúde como era.

Não foi preciso passar uma semana.
Recebi logo um mail a dizer que como tinha tido o que queria não queria saber mais dela.
Que eu não passava de um predador que só se satisfazia com a novidade.
Ou seja contei toda a verdade e fui acusado de algo que não tinha feito.
Eventualmente se tivesse omitido ou mentido não estaria a ouvir o que ouvi…

Por isso é tão relativa a verdade em certos casos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sensibilidades

A partir de um comentário anónimo que me chegou deu-me vontade de escrever estas palavras.

Que tem a ver com o modo como falo das mulheres em que é referido que tenho um modo sensível de sobre elas escrever.

A sensibilidade é algo que se tem ou não tem e mesmo quando se tem por vezes é reprimida pelos preconceitos e pelos estereótipos.

Tenho que admitir que demorei a descobrir a minha sensibilidade mas actualmente lido mesmo muito bem com ela.

E as mulheres?

Não há duvida nenhuma que são quem expressa a sensibilidade de um modo muito mais franco e aberto de um modo não racional e completamente sentimental.

Abrem os sentimentos de um modo bem mais fácil que um homem e com isso por vezes ganham, mas na maior parte das vezes perdem.

Perdem por duas razões, primeiro se confessam os sentimentos a uma mulher rival ou invejosa que tira proveito da fraqueza enunciada, e perdem se contam a um homem predador ou aproveitador que tira partido da fraqueza para atingir algum fim que esteja a pretender.

Mas também ganham quando acertam no receptor, seja homem ou mulher mas este é um caso bem mais raro.

Embora saiba mesmo bem desabafar o que se sente é extremamente importante escolher o receptor, pois o que pode ser e é um enorme alívio o dizermos e o ouvirmo-nos pode ser uma “arma” para quem nos ouve.

Daí a minha opinião é que devemos ser o mais racionais possíveis na escolha de quem nos ouve, mas com uma escolha certa no momento de falar aí sim devemos deixar toda a emoção fluir naturalmente sem barreiras nem receios.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Poema II

Existem alturas assim.
Por não sei qual razão ando a tropeçar em poemas e fico com vontade de os partilhar.
Por isso aqui vai mais um:

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Citação de poema

Vou hoje aqui transcrever um poema de um dos poetas que eu mais admiro na língua portuguesa.

Conhecido no meio literário como António Gedeão e conhecido no meio das publicações de manuais escolares como Rómulo de Carvalho.

Ainda tive o previlégio de ter tido uma aula de liceu com ele à muitos muitos anos.

Espero que gostem tanto como eu

"Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.

( António Gedeão, in Impressão digital)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mais uma citação

Hoje, não sei se por causa do sol que me está a inspirar, lembrei-me de uma frase de algume que não será propriamente um filósofo mas sim um estudioso e cientista mas que para explicar algo da ciencia deu um exemplo com o qual eu condordo em absoluto.

A pessoa em causa chamava-se Albert Einstein, e deve ter vindo à memória por ter visitado à muito pouco tempo a casa que ele habitou em Berna durante cerca de um ano.

Então para explicar a Teoria da Relatividade ele dizia (e eu concordo em absoluto):

"Se estamos dois minutos sentados em cima de um fogão quente parece que passaram duas horas, mas se estamos duas horas com uma mulher bonita, parece que passaram apenas dois minutos".