sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fidelidade

Inspirado pelo que considero um desafio num comentário que recebi vou dar a minha opinião sobre a fidelidade.

Mas em primeiro lugar o que é que se entende por fidelidade?

fidelidade
s. f.
1. Qualidade de fiel.
2. Fé, lealdade.
3. Verdade, veracidade.
4. Exactidão!Exatidão.

fiel
(latim fidelis, -e)
adj. 2 g.
adj. 2 g.
1. Que guarda fidelidade. = leal
2. Constante.
3. Verídico, exacto!exato.
4. Seguro.
5. Probo, honrado.
6. Que não falha.
7. Que tem ou teve a fé religiosa.

Estas são a definições que se podem aplicar em muitas situações.

Vou debruçar-me sobre três pontos possíveis:
- A fidelidade às convicções pessoais
- A fidelidade a uma amizade
- A fidelidade a uma relação

A fidelidade às convicções pessoais é fundamental porque faz parte da nossa maneira de ser, não podemos ser como os cata ventos que apontam em todas as direcções conforme o vento sopra.
Nós temos que ser nós próprios sabermos o que queremos e em que é que acreditamos e pautar a nossa vida nesse sentido.
E não andarmos a mudar de opinião para agradar a terceiros.
É natural que podemos sempre evoluir mas devemos ser fiéis à nossa evolução.

A fidelidade a uma amizade é a base da amizade, é um estar presente e apoiar mesmo que a amizade tenha opiniões e actue de um modo diferente das nossas convicções, devemos expressar a nossa opinião, mas ao mesmo tempo dar todo o apoio à nossa amizade em tudo o que possa vir a ser feito em termos de actos ou palavras.

A fidelidade a uma relação, existe quem considere numa relação que a fidelidade é um dever, eu não tenho essa opinião, numa relação a fidelidade para mim é uma consequência e não um dever, se existe mesmo uma relação verdadeira a fidelidade acontece naturalmente e não é uma obrigação.
No momento em que possa deixar de haver fidelidade ou essa fidelidade seja imposta é sinal que a relação acabou.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A verdade e a mentira

Existiu um tempo, na minha fase de predador, em que omitia verdades e por vezes até era capaz de dizer alguma mentira para atingir os meus fins.

Não digo que era uma posição correcta, vista com os meus olhos de hoje, mas dava-me bem com a situação pois obtinha o que desejava.

Com o meu evoluir deixei de mentir e passei a dizer a verdade toda.

Mas curiosamente tive uma situação em que eventualmente não sei se fiz bem em ter contado a verdade toda e passo a explicar.

Passou-se à cerca de ano e meio ou mais, encontrei uma mulher e começamos a dialogar, sem ter pelo menos da minha parte, na altura, qualquer ideia em como é que a relação se poderia vir a desenrolar.

Mas começou a existir uma aproximação e uma certa atracção de um modo espontâneo.

Nessa altura decidi por as cartas na mesa.

E disse, sou casado, pelo menos por enquanto e existe alguém de quem eu gosto mesmo muito e se porventura essa pessoa me disser “vem” eu vou a correr como um cachorro a dar ao rabo de felicidade. Sabes que gosto de estar contigo e de conversar contigo mas não posso prometer mais do que posso dar. Para alem disso contei-lhe todo o meu passado.

Da parte dela foi assumida a situação e chegamos a vias de facto passado algum tempo.

Tudo foi decorrendo de acordo com as nossas disponibilidades, sem percalços e naturalmente.

Uns tempos depois tive umas questões profissionais que tive que resolver e que sabia que me iriam ocupar algum tempo e avisei que seria difícil um contacto durante algum tempo e que mesmo a comunicação não poderia ser tão amiúde como era.

Não foi preciso passar uma semana.
Recebi logo um mail a dizer que como tinha tido o que queria não queria saber mais dela.
Que eu não passava de um predador que só se satisfazia com a novidade.
Ou seja contei toda a verdade e fui acusado de algo que não tinha feito.
Eventualmente se tivesse omitido ou mentido não estaria a ouvir o que ouvi…

Por isso é tão relativa a verdade em certos casos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sensibilidades

A partir de um comentário anónimo que me chegou deu-me vontade de escrever estas palavras.

Que tem a ver com o modo como falo das mulheres em que é referido que tenho um modo sensível de sobre elas escrever.

A sensibilidade é algo que se tem ou não tem e mesmo quando se tem por vezes é reprimida pelos preconceitos e pelos estereótipos.

Tenho que admitir que demorei a descobrir a minha sensibilidade mas actualmente lido mesmo muito bem com ela.

E as mulheres?

Não há duvida nenhuma que são quem expressa a sensibilidade de um modo muito mais franco e aberto de um modo não racional e completamente sentimental.

Abrem os sentimentos de um modo bem mais fácil que um homem e com isso por vezes ganham, mas na maior parte das vezes perdem.

Perdem por duas razões, primeiro se confessam os sentimentos a uma mulher rival ou invejosa que tira proveito da fraqueza enunciada, e perdem se contam a um homem predador ou aproveitador que tira partido da fraqueza para atingir algum fim que esteja a pretender.

Mas também ganham quando acertam no receptor, seja homem ou mulher mas este é um caso bem mais raro.

Embora saiba mesmo bem desabafar o que se sente é extremamente importante escolher o receptor, pois o que pode ser e é um enorme alívio o dizermos e o ouvirmo-nos pode ser uma “arma” para quem nos ouve.

Daí a minha opinião é que devemos ser o mais racionais possíveis na escolha de quem nos ouve, mas com uma escolha certa no momento de falar aí sim devemos deixar toda a emoção fluir naturalmente sem barreiras nem receios.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Poema II

Existem alturas assim.
Por não sei qual razão ando a tropeçar em poemas e fico com vontade de os partilhar.
Por isso aqui vai mais um:

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Citação de poema

Vou hoje aqui transcrever um poema de um dos poetas que eu mais admiro na língua portuguesa.

Conhecido no meio literário como António Gedeão e conhecido no meio das publicações de manuais escolares como Rómulo de Carvalho.

Ainda tive o previlégio de ter tido uma aula de liceu com ele à muitos muitos anos.

Espero que gostem tanto como eu

"Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.

( António Gedeão, in Impressão digital)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mais uma citação

Hoje, não sei se por causa do sol que me está a inspirar, lembrei-me de uma frase de algume que não será propriamente um filósofo mas sim um estudioso e cientista mas que para explicar algo da ciencia deu um exemplo com o qual eu condordo em absoluto.

A pessoa em causa chamava-se Albert Einstein, e deve ter vindo à memória por ter visitado à muito pouco tempo a casa que ele habitou em Berna durante cerca de um ano.

Então para explicar a Teoria da Relatividade ele dizia (e eu concordo em absoluto):

"Se estamos dois minutos sentados em cima de um fogão quente parece que passaram duas horas, mas se estamos duas horas com uma mulher bonita, parece que passaram apenas dois minutos".

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Fazer amor

Tropecei neste texto e acho-o delicioso, por isso aqui o partilho.

Hacer el amor, es sentir sin tocar, es amar y extrañar, es decirle a alguien que hoy lo extrañaste. Hacer el amor es que te escuchen y te digan apóyate en mi que ya todo pasará. Es apoyar, respetar, sentir ese abrazo que se da con cada amanecer, es desear que las mejores cosas sucedan. Es acariciar con el alma y sentir a esa persona a través de la distancia.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Amor platónico

Quando escrevi a trilogia que publiquei à uns tempos falaram-me do amor platónico.
Fiquei a matutar no assunto relembrando diversas coisas que já li em tempos.
Tendo em conta o lugar comum do tema o que me veio imediatamente à cabeça foi uma canção, “Me and Mrs. Jones”, que explica muito bem um lugar comum do que é considerado o amor platónico.

Amor platónico, na acepção vulgar, é toda a relação afectuosa ou idealizada em que se abstrai o elemento sexual, por elementos de géneros diferentes --como num caso de amizade pura, entre duas pessoas.
Partindo desta base não é difícil reconhecer o dito.

Conheço um caso paradigmático em que as partes não lhe chamam amor platónico mas sim partilha o que também pode ser uma definição bem interessante.

Estas duas pessoas conhecem-se há cerca de três anos ou mais, ele casado, ela divorciada mas com “namorado”.

Foi um modo de se relacionarem que foi crescendo com o tempo, primeiro comunicando apenas a horas de expediente e depois aos poucos foi evoluindo.

Sei que conversam de praticamente tudo deixando certas coisas omissas apenas para não misturarem as relações existentes com a partilha que dizem ter.

Sempre que sei algo do que se passa acho estranho não passarem a uma outra fase.

Pois em dias de trabalho trocam para aí uns 15 a 20 mails umas 6 ou 7 SMS e falam uns 15 a 20 min pelo telefone.

Vão almoçar juntos uma ou duas vezes por semana, de quando em vez vão também jantar fora, vão a espectáculos e por vezes passear.

Tudo indicaria que seria suposto algo mais fazerem mas não passam disto, pelo que sei, e também tenho a ideia que não irão passar nos tempos mais próximos salvo algum tremor de terra ou algo de semelhante.

Pode ser que tenham receio de dar um passo a mais e de alguma forma estragarem o que está bem ou então é um bom exemplo do chamado amor platónico sem reflexo na parte física.

Mas no fundo existem muitos chamados amores, entre pais e filhos por exemplo, que sem uma concretização física continuam a ser amor.

Será que o amor entre duas pessoas do mesmo sexo terá que passar mesmo pelo acto de fazer amor?

Depois de ter conhecimento deste caso tenho as minhas dúvidas, cada vez mais me convenço que o amor tem imensas formas de se expressar e que não devem existir ideias pré-concebidas para o dito.

Por isso ponham-lhe os rótulos que desejarem mas amor é amor e pronto.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A paixão

Um dia destes na rádio ouvi que teria sido feito um estudo científico sobre a paixão.
Entre outras coisas dizia-se que a paixão é um fenómeno químico que acontece pelo aumento dos níveis de Dopamina, Feniltilamina e outra que eu não me lembro.
Também é referido no dito estudo que a paixão tem uma duração entre 18 a 30 meses.

Ora isto é muito giro e se calhar com um fundo de verdade se pensar bem no meu passado.

Que a chamada paixão arrebatadora tenha uma duração até 30 meses mais ou menos é algo que ainda consigo conceber pois todos os arroubos e entusiasmos aos poucos vão desaparecendo e sendo substituídos por uma outra forma de se expressar os sentimentos.
Mais calma, mais sublimada mas na minha opinião com intensidade.
O surpreender passa a ser mais espaçado mas também muito mais requintado pois o conhecimento aumenta dia a dia.

Mas também não concordo é no limite inferior, existem paixões bem mais curtas, as paixões que acontecem antes do perfeito conhecimento da outra parte que podem ser arrebatadoras mas durarem dias ou semanas apenas.

E as paixões que crescem baseadas no que se quer imaginar acerca da outra pessoa? Que mesmo sem conhecimento mínimo do outro parecem que nos consomem?
E que ao fim de três ou quatro encontros se desvanecem completamente.
Se calhar estamos com um problema de conceitos de paixão.

Transcrevo abaixo algumas possíveis explicações:

A paixão (do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situação dificil) é uma emoção de ampliação quase patológica. O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio.
  • A paixão é um sentimento de desejar, querer, a todo custo "o amor de outro ser ou objeto". Necessidade de ver e tocar a pessoa ou objeto por qual se apaixonou, ou ate mesmo saber que aquela pessoa amada tambem gosta dele e está pensando nele.
Deste modo.pode ser um entendido como um "vício" que debilita a mente do indivíduo pois este foca somente a pessoa amada ou objeto artístico nos seus pensamentos sendo todos os outros momentâneos e irrelevantes.
  • A paixão pode ser um entendido como um "sedativo" que suscita um prazer admirativo pelos detalhes da pessoa amada
Isto acaba por reforçar a minha teoria de que pode demorar muito menos que 18 meses.
Mas valha a verdade é bom sentir paixão mesmo com todos estes aspectos chamados negativos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tríptico das relações

Escrevi a base deste texto à uns de quatro anos, e resolvi burilar as palavras e publicar.
É um pouco extenso mas na minha opinião tem que ser lido na sua globalidade.

Classifiquei as relações físicas em três grandes grupos.
- A relação paga
- A relação física
- O fazer amor

A relação paga

Para mim a relação paga é o acto em que um dos intervenientes paga ao outro um determinado montante para que o outro preste um serviço que tanto pode ser puramente sexual ou apenas com indício de sexo que pode ou não vir a existir.
Só falarei aqui na compra de serviços por homens a mulheres embora exista também o contrário mas não tenho conhecimentos suficientes para nisso falar.
Este tema durante uns tempos exerceu sobre mim uma curiosidade imensa por isso numa dada altura da minha vida decidi ler, ver e investigar.
Comecei pelo chamado alterne, bares ou casas em que existem mulheres que fazem companhia aos homens em troca do pagamento de bebidas adulteradas e com preços completamente estúpidos, observei o ambiente algumas vezes e fiz o papel de consumidor também.
Resumindo paga-se para se ter a ilusão que se está acompanhado que se é acarinhado, mas se se olhar friamente verifica-se que esse carinho e companhia apenas existe enquanto as bebidas forem chegando à mesa ou seja é uma troca bem desfavorável para quem paga, mas muita gente paga para ter este tipo de relação que nada dá, apenas uma ilusão de se ter algo que se deseja mas que nunca se alcança, não entendo o pensar de certos colegas homens mesmo por mais que me esforce.
Depois temos a prostituição propriamente dita em que o homem paga à mulher para ter relações sexuais.
Também depois de observar em vários ambientes verifiquei que o que leva um homem a escolher uma mulher também não tem padrão definido, pois tanto pode ser o preço, o serviço oferecido, ou alguma característica física da mulher.
Para conhecer experimentei, escolhi em termos meramente estéticos alguém que possivelmente me poderia agradar e fui, pois fui mas nada consegui fazer, pois o ouvir, despe-te, lava-te, anda, então?....
Tirou toda a vontade que pudesse existir.
Ainda tentei uma outra vez com alguém que parecia bem mais requintada e na realidade era, o ambiente era diferente, a postura também mas no fundo eram apenas um conjunto de técnicas para que eu atingisse o meu prazer o mais rapidamente possível para que a sessão terminasse rapidamente, e tal como da primeira vez nada consegui fazer.
Serei diferente? Não o sei apenas sei que este grupo para mim nada me diz

A relação física

Em primeiro lugar tenho que dar a minha definição de ralação física que poderá ser diferente de outras pessoas.
Para mim a relação física é aquela que existe entre duas pessoas apenas com o fim de desfrutarem momentos ou horas de prazer em que não existe mais nada entre elas do que a simples busca de um prazer mútuo.

Este tipo de relação implica um grande desprendimento mental relativamente aos sentimentos, ao verdadeiro sentir, pois apenas se quer satisfação física e não mental.
É como a libertação da luxúria de um modo animal, quase como o satisfazer de uma necessidade, que entre os animais significa a continuação da espécie, mas que neste caso significa a satisfação física acima de tudo.
É uma relação em que o prazer pode ser extremamente intenso, tanto de uma parte como da outra, em que se misturam todas as técnicas conhecidas e descobertas no momento, para proporcionar um máximo de prazer ao/à parceiro/a, e que ao ser proporcionado tem como moeda de troca receber na mesma quantidade e intensidade.
É uma relação que sim poderá proporcionar prazeres extraordinários mas sempre sem uma sensação de continuidade, pois mesmo que repetido com um/a mesmo/a parceiro/a tem um sabor de etapa única apenas com o fim do grito do êxtase.
Por outro lado é um tipo de relação que também permite o apurar dos modos de dar prazer a com quem se está pois as memórias de algo efectuado ficam sempre na nossa mente.
Tem as suas virtudes pois permite o descarregar de certas tensões acumuladas pois depois do esforço e do prazer físico dá uma sensação de paz e calma, mas é uma sensação apenas física, acaba por ser semelhante a uma masturbação em termos de pensamento, certas vezes precisamos e fazemos mas não nos realiza, apenas tiramos o demónio do corpo.
Por isso acho que a relação física para quem a praticar (terei que confessar que já o fiz, pois seria difícil analisar sem conhecimento de causa) é uma necessidade fisiológica e nunca uma entrega.
E sendo necessidade quem se dedicar a esta prática com regularidade nunca mais se entregará mas apenas pensará numa satisfação física.

O fazer amor

Em primeiro lugar este é um termo que sempre me fez confusão, embora entenda o significado, mas fazer algo que é um sentimento, em termos de palavras sempre me fez confusão, pois embora mais complicado, fizesse mais sentido para mim algo como, concretizar o amor, ou a expressão física do amor, mas não será esta a razão destas palavras por isso continuarei.

Fazer amor, duas palavras apenas mas que tanta tinta já fizeram e ainda vão fazer correr.
Fazer amor não é ter sexo
O sexo é uma das expressões de fazer amor
Talvez a mais intensa
Pois o fazer amor é algo que se faz de imensas maneiras
Pode ser um gesto
Uma carícia
Um toque
Uma acção
Uma palavra
Tudo isso pode ser fazer amor
Mas o lugar comum é que o fazer amor é o existir uma relação sexual entre duas pessoas que se entregam um ao outro não apenas de corpo mas também com a mente.
Então essa entrega entre dois corpos é algo de completo em que não existe uma busca de cada um por si mas uma busca dos dois numa relação completa em que o prazer atingido é a exteriorização de um sentir mútuo e não apenas uma reacção física.
É algo que quando acontece não interessa como acontece em que não interessam técnicas mas apenas como se sente, em que não são necessárias performances nem acrobacias mas que se forem sentidas aparecem sem se dar conta, como tudo pode aparecer pois quando realmente se faz amor não existem barreiras, não existem tabus, tudo acontece porque realmente se sente nada mais e nesse sentido tudo mas mesmo tudo pode acontecer se for desejado pelos dois.
Por isso o fazer amor é a entrega completa entre dois seres que atinge a sua máxima expressão na junção dos corpos num bailado avassalador ao som da entrega absoluta.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A razão e o coração

Já foram escritas muitas palavras sobre este tema, mas uma conversa que tive ontem fez-me pensar no assunto.

O coração neste caso não é o órgão que nos bomba o sangue mas sim uma expressão que significa uma certa forma de sentir, é o sentimento que aparece sem nenhuma razão aparente e que nos faz desejar algo, seja coisa ou uma expressão não física.

A razão não é o ter razão numa disputa mas sim uma conclusão ou decisão lógica, racional e fundamentada.

O atingir um equilíbrio entre a razão e o coração é algo a meu ver complicado, pois se vamos só pela razão pareceremos frios e insensíveis apenas olhando para a lógica fria da razão numa relação causa efeito ou dito por outras formas uma relação custo benefício.

Se vamos só pelo coração podemos correr o risco de sermos umas abelhas sempre a saltar de flor em flor sem pensar em consequências futuras apenas gozando o prazer do momento.

Eu sei que ainda não atingi o equilíbrio total.

Em termos profissionais só uma espécie de razão pura, racional, assertivo, lógico e todas essas coisas da razão pura. Daí (e não é para me gabar) ter atingido um patamar em que as minhas opiniões são sempre respeitadas e que quando aparece algo de bem complexo é a mim que recorrem para dar uma possível solução.

Agora em termos emocionais é o diabo, pois tanto sou racional como emocional e sem atingir o devido equilíbrio, pois já fui racional quando deveria ter sido emocional e vice-versa.

Com isso perdi coisas que poderiam ter sido maravilhosas e eventualmente ainda poderei continuar a perder, mas a busca do bom é sempre um longo caminho a percorrer.

E nada como escrever ou falar o estado de espírito para nos sentirmos melhor connosco mesmo.

Será que existe algum manual para ajudar a sabermos quando devemos seguir a razão ou o coração?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Contas

Depois do que foi escrevendo a semana passada, durante o fim de semana andei a reflectir e a reflexão, no seguimento de umas contas que fiz a semana passada levou-me a divagar para outros números.

Tudo isto ainda relativo às mulheres que por mim de uma certa forma passaram.
E tentando dar um ar científico a este texto vamos lá explorar uma certa vertente:

Número de mulheres: 31
Número de mulheres com quem ainda mantenho contacto: 11 (35,5%)

E agora é que bate o ponto dentro dessas onze, sete recomeçariam tudo de novo o que dá umas percentagens do diabo, ou seja do total das 31, 22,5% recomeçariam tudo de novo, mas o mais “assustador” é que se considerarmos apenas o contacto mantido temos uma percentagem de recomeçar de 63,6%.

Mas o que me fez mesmo pensar foi o seguinte, destas sete todas elas já tiveram experiencias depois de mim, e não posso tecer juízos de valor relativamente a essas experiencias pois não as vivi, e posso adiantar que parte dessas novas relações ainda se mantêm neste momento.

E chego então à seguinte conclusão, ou eu sou muita bom os outros são muita maus.
E como eu não me considero nada bom, serei digamos “regular” e com muitos defeitos ponho-me a pensar como é que anda o mundo por aí.

As relações humanas são mesmo muita complicadas, acho que nós acabamos por complicar demais.

Mas ao menos pela parte que me toca o escrever aqui está a ajudar-me imenso a ligar o descomplicador.

Sem stress veremos como tudo evoluirá.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Conhecer

Levado a este tema por uma troca de palavras por esta via deu-me vontade de elaborar.

No decorrer de diálogos que se vai tendo por esta via virtual em certos casos começa a aparecer uma certa aproximação que leva a que se possam dar outros passos na senda do maior conhecimento do próximo.

O percurso mais corrente passa por um início na troca de palavras via fóruns, blogs, chats ou afins, em seguida aparecem os mails, e o ultimo patamar via net é o MSN ou outro equivalente.

Em seguida acabam por aparecer as SMS e eventualmente a palavra falada via telefone.

Este percurso pode culminar no encontro ao vivo geralmente simbolizado por o vulgo ir tomar um café, dado a que o café é apenas uma bengala para propiciar o dito encontro.

Ao longo deste conhecimento de ambas as partes começa a ser criada uma certa imagem da outra pessoa.

E aqui é que começa a bater o ponto, há quem diga e reafirme que fica desiludida quando conhece alguém ao vivo depois de conhecer por uma via virtual, e em tempos idos eu poderia ter concordado com essa opinião, mas neste momento discordo em absoluto.

E tudo começa com a criação da imagem da outra pessoa, porque ao se ir conhecendo pequenas partes em termos do modo de pensar e das ideias que a outra pessoa tem vai-se fazendo a personagem.

Mas o primeiro erro que se pode cometer ao construir a personagem é o extrapolar a partir dos dados que se tem e aí sim a imagem que se cria pode sair completamente da realidade.

Agora se não forem feitas extrapolações e se crie a imagem, mesmo que com espaços em branco, apenas com base nas certezas que se tem a probabilidade de erro é bem menor.

Desde que passei a adoptar este método, logicamente depois de erros e desilusões, nunca mais fiquei desiludido quando alguém voltei a conhecer, ou seja, quando estive ao vivo com algum virtual conhecimento, o que aconteceu sim no encontro foi um complementar do conhecimento para que a imagem passe a ficar completa.

Depois sim com a imagem mais completa poder-se-á chegar á conclusão que a pessoa interessa ou não, mas desiludido com um conhecer ao vivo à muito que não estou porque não crio expectativas vou apenas com o que realmente conheço.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Contra ponto

No seguimento do que escrevi ontem devo também realçar o que de mesmo bom pode trazer o conhecer pessoas por via electrónica.

Diz um cronista da rádio que eu gosto muito de ouvir que numa certa época da vida dele as mulheres seriam ou para casar ou para coisar.

Sem me querer substituir ao dito vou dividir os conhecimentos da net á minha maneira:
- As que não interessam nada
- As para coisar (aproveito a ideia)
- As conhecidas, do olá da troca de mails e das palavras ocasionais.
- As especiais

Só me vou debruçar nas especiais neste texto pois acho que todas as outras os títulos dizem tudo.

O que são as especiais?

São aquelas pessoas que nos tocam pelo que são, e pelo comportamento que teem para comigo, poderia dizer as que se tornam amigas, as que estão e que dão vontade que estejamos presentes sempre que uma das partes necessite.

É uma relação que pode nunca vir a ter um contacto visual ou pessoal mas em que existe uma sintonia e uma vontade de partilhar saberes e pensamentos.

Encontrei e tenho boas amigas que por esta via conheci e dando um exemplo tenho uma amiga, e sei que a posso chamar assim, com quem contacto à 7 anos e nunca nos encontramos ao vivo, embora já tenhamos falado pelo telefone, e o não encontro nada tem a ver com distancia física pois trabalhamos e vivemos a cerca de 30 km um do outro.

Por isso este é um contraponto ás palavras de ontem este o positivo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O jogo da sedução

O jogo da sedução é algo que pode ser aliciante, embora tenha duas vertentes.

Existe a sedução que resulta de sentimentos de uma certa forma partilhados em que se seduz com prazer não só de seduzir mas também de ser seduzido, uma relação biunívoca em que não existe um objectivo especifico “per si” mas sim uma partilha e complementaridade entre duas pessoas.

Essa é uma sedução natural um jogo em que a única regra é agradar mutuamente é um surpreender agradavelmente é um dar em que ao mesmo tempo se recebe e de alguma forma apimentar (não forçosamente de um modo erótico) uma relação que se deseja.

Mas existe também um outro jogo de sedução, aquela sedução em que se está apenas em busca de um objectivo final, que é apenas o objectivo de uma das partes em que a outra parte é seduzida mas que nunca seduz o primeiro, pois o primeiro apenas quer chegar ao ponto que estabeleceu como meta, vulgo relação sexual.

Este foi um jogo que joguei durante alguns anos, primeiro pela “fama” de facilitismo que a net tinha e depois, tenho que o confessar, porque era um jogo que me dava gozo.

Bastava circular por alguns sites de redes sociais, especialmente alguns mais obscuros e não muito conhecidos, passar e criar uma personagem em salas de chat não muito concorridas e estava lançado o isco.

Depois era começar e ver como é que se comportavam as presentes, de um modo calmo, sem levantar ondas e nem sequer demonstrar as intenções, apenas um começar a conversar.

Com o início da conversa não é difícil começar a ver se existe ou não possibilidade de se cativar no caminho do que se pretende se existem ou não carências que se possam usar para se chegar aonde se pretende.

Depois de se conversar umas horas via MSN ou via mail é fácil começar a conhecer a interlocutora e ver onde estão os pontos por onde se poderá “entrar”.

Por estranho que possa parecer nem sempre é necessário um encontro ao vivo e a cores para se chegar aos finalmentes. Por vezes consegue-se criar um ambiente tal em termos de conversa escrita (note-se que nem sempre se passa pela conversa falada) que faz com que o primeiro encontro seja apenas para uma concretização física. Aconteceu-me em 38% dos meus casos.

E posso também dizer que em apenas 12% dos casos foi necessário mais do que dois encontros para se chegar a vias de facto.

Isto implica que para 88% das mulheres que conheci basta apenas um máximo de um encontro para ver para que se possa chegar à relação física.

Isso leva-me a pensar será que era apenas eu que estava com o objectivo da relação sexual? Ou será que julguei que cativei e no fundo fui cativado com o fim de…
Olhando friamente para os números e não para as relações em si já não sei mesmo quem é que estaria apenas com o objectivo da relação sexual “per si” muito embora palavras possam ser ditas em contrário.

Nunca o deverei saber ao certo mas que seria um tema interessante para um psicólogo/a estudar seria…

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Festas passadas

Passou a época das chamadas festas, a da família e a da desbunda.
Estou a usar lugares comuns pois é algo que não se aplicará a toda a gente.
Também é a altura de fazer balanços e estabelecer metas e objectivos.
Mas estes são os lugares comuns.

Pela minha parte são apenas uns dias em que se trabalha pouco e se tem alguns feriados a mais.
A festa do Natal deixou de ter significado para mim desde que perdi o meu Pai, pode ser uma decisão egoísta da minha parte pois também tenho filhos, mas para eles apenas é importante a magia das prendas que agora até já são conhecidas dado a que é sempre feita a lista das ditas.
Para mim as prendas não teem assim tanto significado, apenas as que vêem de duas pessoas e a que eu ofereço a mim mesmo, mas as prendas para mim não são importantes pela data, a data é apenas um motivo para as ditas.

Falando em prendas gosto mesmo muito mais das que são espontâneas, quer seja a dar quer seja a receber. No receber adoro a sensação de surpresa de receber algo sem que seja suposto por motivos de data receber, e no dar para alem de gostar imenso de ver a cara de quem recebe, adoro o momento de ver algo á venda e dar-se o clic em que penso, isto seria mesmo óptimo para oferecer, “é mesmo a cara de quem eu vou fazer a oferta”.

Daqui concluo que para mim as prendas nada teem a ver com datas mas sim com estados de espírito, pois nessas alturas fazem muito mais efeitos positivos, efeitos em termos de sensações e não os efeitos para cativar, pois esses efeitos fazem parte de um jogo de sedução o que pode ser um tema para um outro escrito numa outra altura.