sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fidelidade

Inspirado pelo que considero um desafio num comentário que recebi vou dar a minha opinião sobre a fidelidade.

Mas em primeiro lugar o que é que se entende por fidelidade?

fidelidade
s. f.
1. Qualidade de fiel.
2. Fé, lealdade.
3. Verdade, veracidade.
4. Exactidão!Exatidão.

fiel
(latim fidelis, -e)
adj. 2 g.
adj. 2 g.
1. Que guarda fidelidade. = leal
2. Constante.
3. Verídico, exacto!exato.
4. Seguro.
5. Probo, honrado.
6. Que não falha.
7. Que tem ou teve a fé religiosa.

Estas são a definições que se podem aplicar em muitas situações.

Vou debruçar-me sobre três pontos possíveis:
- A fidelidade às convicções pessoais
- A fidelidade a uma amizade
- A fidelidade a uma relação

A fidelidade às convicções pessoais é fundamental porque faz parte da nossa maneira de ser, não podemos ser como os cata ventos que apontam em todas as direcções conforme o vento sopra.
Nós temos que ser nós próprios sabermos o que queremos e em que é que acreditamos e pautar a nossa vida nesse sentido.
E não andarmos a mudar de opinião para agradar a terceiros.
É natural que podemos sempre evoluir mas devemos ser fiéis à nossa evolução.

A fidelidade a uma amizade é a base da amizade, é um estar presente e apoiar mesmo que a amizade tenha opiniões e actue de um modo diferente das nossas convicções, devemos expressar a nossa opinião, mas ao mesmo tempo dar todo o apoio à nossa amizade em tudo o que possa vir a ser feito em termos de actos ou palavras.

A fidelidade a uma relação, existe quem considere numa relação que a fidelidade é um dever, eu não tenho essa opinião, numa relação a fidelidade para mim é uma consequência e não um dever, se existe mesmo uma relação verdadeira a fidelidade acontece naturalmente e não é uma obrigação.
No momento em que possa deixar de haver fidelidade ou essa fidelidade seja imposta é sinal que a relação acabou.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A verdade e a mentira

Existiu um tempo, na minha fase de predador, em que omitia verdades e por vezes até era capaz de dizer alguma mentira para atingir os meus fins.

Não digo que era uma posição correcta, vista com os meus olhos de hoje, mas dava-me bem com a situação pois obtinha o que desejava.

Com o meu evoluir deixei de mentir e passei a dizer a verdade toda.

Mas curiosamente tive uma situação em que eventualmente não sei se fiz bem em ter contado a verdade toda e passo a explicar.

Passou-se à cerca de ano e meio ou mais, encontrei uma mulher e começamos a dialogar, sem ter pelo menos da minha parte, na altura, qualquer ideia em como é que a relação se poderia vir a desenrolar.

Mas começou a existir uma aproximação e uma certa atracção de um modo espontâneo.

Nessa altura decidi por as cartas na mesa.

E disse, sou casado, pelo menos por enquanto e existe alguém de quem eu gosto mesmo muito e se porventura essa pessoa me disser “vem” eu vou a correr como um cachorro a dar ao rabo de felicidade. Sabes que gosto de estar contigo e de conversar contigo mas não posso prometer mais do que posso dar. Para alem disso contei-lhe todo o meu passado.

Da parte dela foi assumida a situação e chegamos a vias de facto passado algum tempo.

Tudo foi decorrendo de acordo com as nossas disponibilidades, sem percalços e naturalmente.

Uns tempos depois tive umas questões profissionais que tive que resolver e que sabia que me iriam ocupar algum tempo e avisei que seria difícil um contacto durante algum tempo e que mesmo a comunicação não poderia ser tão amiúde como era.

Não foi preciso passar uma semana.
Recebi logo um mail a dizer que como tinha tido o que queria não queria saber mais dela.
Que eu não passava de um predador que só se satisfazia com a novidade.
Ou seja contei toda a verdade e fui acusado de algo que não tinha feito.
Eventualmente se tivesse omitido ou mentido não estaria a ouvir o que ouvi…

Por isso é tão relativa a verdade em certos casos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sensibilidades

A partir de um comentário anónimo que me chegou deu-me vontade de escrever estas palavras.

Que tem a ver com o modo como falo das mulheres em que é referido que tenho um modo sensível de sobre elas escrever.

A sensibilidade é algo que se tem ou não tem e mesmo quando se tem por vezes é reprimida pelos preconceitos e pelos estereótipos.

Tenho que admitir que demorei a descobrir a minha sensibilidade mas actualmente lido mesmo muito bem com ela.

E as mulheres?

Não há duvida nenhuma que são quem expressa a sensibilidade de um modo muito mais franco e aberto de um modo não racional e completamente sentimental.

Abrem os sentimentos de um modo bem mais fácil que um homem e com isso por vezes ganham, mas na maior parte das vezes perdem.

Perdem por duas razões, primeiro se confessam os sentimentos a uma mulher rival ou invejosa que tira proveito da fraqueza enunciada, e perdem se contam a um homem predador ou aproveitador que tira partido da fraqueza para atingir algum fim que esteja a pretender.

Mas também ganham quando acertam no receptor, seja homem ou mulher mas este é um caso bem mais raro.

Embora saiba mesmo bem desabafar o que se sente é extremamente importante escolher o receptor, pois o que pode ser e é um enorme alívio o dizermos e o ouvirmo-nos pode ser uma “arma” para quem nos ouve.

Daí a minha opinião é que devemos ser o mais racionais possíveis na escolha de quem nos ouve, mas com uma escolha certa no momento de falar aí sim devemos deixar toda a emoção fluir naturalmente sem barreiras nem receios.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Poema II

Existem alturas assim.
Por não sei qual razão ando a tropeçar em poemas e fico com vontade de os partilhar.
Por isso aqui vai mais um:

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Citação de poema

Vou hoje aqui transcrever um poema de um dos poetas que eu mais admiro na língua portuguesa.

Conhecido no meio literário como António Gedeão e conhecido no meio das publicações de manuais escolares como Rómulo de Carvalho.

Ainda tive o previlégio de ter tido uma aula de liceu com ele à muitos muitos anos.

Espero que gostem tanto como eu

"Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.

( António Gedeão, in Impressão digital)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mais uma citação

Hoje, não sei se por causa do sol que me está a inspirar, lembrei-me de uma frase de algume que não será propriamente um filósofo mas sim um estudioso e cientista mas que para explicar algo da ciencia deu um exemplo com o qual eu condordo em absoluto.

A pessoa em causa chamava-se Albert Einstein, e deve ter vindo à memória por ter visitado à muito pouco tempo a casa que ele habitou em Berna durante cerca de um ano.

Então para explicar a Teoria da Relatividade ele dizia (e eu concordo em absoluto):

"Se estamos dois minutos sentados em cima de um fogão quente parece que passaram duas horas, mas se estamos duas horas com uma mulher bonita, parece que passaram apenas dois minutos".

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Fazer amor

Tropecei neste texto e acho-o delicioso, por isso aqui o partilho.

Hacer el amor, es sentir sin tocar, es amar y extrañar, es decirle a alguien que hoy lo extrañaste. Hacer el amor es que te escuchen y te digan apóyate en mi que ya todo pasará. Es apoyar, respetar, sentir ese abrazo que se da con cada amanecer, es desear que las mejores cosas sucedan. Es acariciar con el alma y sentir a esa persona a través de la distancia.