quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Memória quase esquecida

Ontem aconteceu-me uma coisa curiosa, um passear que fez com que uma memória esquecida voltasse.
Por razões que não interessa á memória em causa ontem à noite estive a matar tempo (cerca de hora e meia) na baixa de Lisboa.
Com o carro arrumado nos Restauradores andei a circular pelo Rossio, pela estação dos comboios, subi ao Chiado e voltei a descer.
Ao passar nestes locais muitas memórias de infância e adolescência vieram à cabeça, outros passar, outras coisas feitas, outras actividades e sorrindo fui circulando.
Comparei o como era com o que é agora, o que fazia à trinta anos e o que faço agora por lá.
De volta aos Restauradores estava a comparar uma sede de candidatura à presidência com o que aquilo era á muitos anos, mais propriamente um centro comercial.
Era um centro comercial que eu gostava de frequentar ver as montras comprar eventualmente alguma coisa.
Mas existiu um dia diferente e curiosamente apenas uns meses depois do caso que contei com a dita senhora espanhola.
Não sei se era Outubro ou Novembro só sei que era um dia de semana e que os meus pais tinham ido dar um passeio qualquer pois tenho a certeza que estava sozinho em casa.
Já estava a trabalhar no meu primeiro emprego mas como não tinha jantar em casa decidi ir arejar, meti-me no carro e acabei na avenida da Liberdade, nessa altura até nem era difícil arranjar lugar para o carro sem pagar.
Jantei nem sei onde mas por ali existem muitos locais onde se pode comer e para fazer a digestão fui circulando por ali.
Sem rumo e sem destino acabei por entrar no referido centro comercial e reparei que uma indivídua, da qual já nem me lembro nem da cara nem da forma do corpo, estava a olhar bastante para mim.
Fui retribuindo o olhar e começamos a andar os dois para os mesmos locais e chegámos à fala, seguindo-se o irmos tomar um café mas nem me lembro do local.
A conversa foi rápida pois num dado momento ela disse-me, “porque é que estamos aqui a perder tempo…” e fomos para uma pensão ali perto, não me lembro de qual era, embora ontem tivesse andado por ali mas não me consegui recordar.
Ao lá chegarmos fiquei com a ideia que seria algo corrente ela fazer destas coisas pois a primeira coisa que fez foi ir á casa de banho lavar os dentes com uma escova e pasta que trazia na mala.
Estava frio por isso fomos directos para a cama.
Fiquei com a sensação, isto não na altura mas depois de sair de lá, que o que ela queria mesmo e só era ter o dito “enfiado” nela pois era o que ela levava a que se fizesse não mostrando interesse em absolutamente mais nada.
Valha-me a juventude que dei conta do recado umas três ou quatro vezes…
Por volta das 3 ou 4 da manhã já não conseguiria fazer mais e conversa também não havia e então fiz algo de não bom.
Sei que não foi nada correcto mas que fiz, fiz.
Inventei que ia para o Porto de manhã e que teria que ir a casa mudar de roupa e tomar um banho e que iria fazer isso mas que voltava antes de ir para o comboio.
Saí e sem mesmo ter pago o quarto dei indicações na recepção para a acordarem ás 8 da manhã.
Nunca mais a vi e é algo que raramente me lembro.
Provavelmente por não me orgulhar do que fiz.
Mas fiz e está feito e aqui fica partilhado.

14 comentários:

Paula disse...

Ai as aventuras da juventude... algumas que nos orgulhamos outras nem por isso... mas todas que nos fazem ser o que somos agora.
Beijos

M. disse...

Olha...o Mega regressou ao início...lol

Sempre bom recordar. Não seja mais para voltar a esquecer.

Gi disse...

E ainda contas?Grande lata...

Mega disse...

@ Utena

Aventuras que fazem parte da nossa história e das nossas vivencias.
Podem não nos fazer sentir orgulhosos mas fazem parte de nós, é um aprender a não voltar a fazer.
Beijos

Mega disse...

@ M

Não é bem um início é mais um partilhar daquilo que se viveu e no fundo do que somos ou fomos.
O bom e o menos bom.
Mas sabe bem deitar tudo cá para fora.

Beijo partilhado

Mega disse...

@ Tilida

Claro que conto
Aqui não é só para contar coisas bem feitinhas por mim.
Mas tambem as mal feitinhas ora essa.

Beijo sem lata

Gi disse...

Hoje estás com um mau feitio do carago...E eu é que apanho,vê mas é se me tratas bem caso contrário acabo já com a nossa relação...
Beijos relacionados*

Nokas disse...

Boa retirada :)

Mega disse...

@ Tilida

Não acredito que possamos vir a ficar de ralações cortadas...

Beijos sorridentes

Mega disse...

@ Nokas

Por vezes temos que encontrar saídas airosas.
Beijinhos

Gi disse...

Mega tu lá fazes coisas bem feitinhas...Ora essa...És um trapalhão mal feitinho!
Beijos sisudos(para variar)*

Mega disse...

Faço coisas bem feitinhas sim, fiz pelo menos duas, os meus filhos.
Beijos bem feitinhos

Gi disse...

Aí concordo contigo!
De certeza que são bem feitinhos (são rapazes?)...Olha saem à mãe,claro!

Mega disse...

Claro que são muito bem feitos,
E saíram da mãe sim...
E são rapazes como o pai...
(é tão giro trocar um artigo e alterar o sentido)
Beijoca