quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Piso molhado

Desde o início da semana, e consequentemente o início da chuva, que quem ande a circular pelas ruas e estradas que nos circundam verifica que o número de toques e acidentes estão a aumentar exponencialmente.

Mas o que vi hoje é que me inspirou a escrever este texto, logo de manhã passei por um acidente que foi praticamente um choque frontal entre duas viaturas numa curva que deve ser feita com a devida precaução.

Sempre que começa a chover é sempre a mesma coisa, toques despistes, sustos e tudo mais.

Eu sei, e tenho que assumir, que dá um certo gozo guiar com uma certa velocidade em piso molhado, é um desafio aliciante, chegar aos limites da estrada e da viatura de um modo muito mais rápido, saber que se tem que estar atento, muito mais atento para se dominar a máquina e as respectivas reacções, dominar, antecipar ou mesmo derrapar de um modo controlado.

Adoro faze-lo mas sempre de um modo em que não esteja ninguém por perto pois se por uma eventualidade fizer uma asneira só eu é que arco com as consequências.

Mas as pessoas que vejo envolvidas em acidentes dá-me a ideia que não saberão bem a diferença entre um piso seco e um piso molhado e julgarão que o molhado é só um efeito e que não altera as condições de aderência.

Mas altera sim e de que maneira e o pior é que não altera do mesmo modo em todos os tipos de piso e é isso que se vê que a maior parte das pessoas não notam.

Nos pisos drenantes das auto estradas quase não há diferença.
Numa estrada normal de alcatrão “escuro” a diferença não é muito grande caso o piso esteja bem molhado, só se torna perigoso quando ainda está húmido.
Se tivermos um alcatrão com uma tonalidade clara é sinal que foi feito com pedras de calcário o que depois de ligeiramente polidas escorregam muito mesmo quando estão secas.
E o piso pior de todos quando chove, o empedrado á portuguesa que geralmente já se encontra bem polido e se por uma eventualidade tiver carris de eléctrico então aí sim é uma delícia para se fazer patinagem artística.

Espero que este pequeno resumo possa ser útil para alguém.

8 comentários:

Paula disse...

Sou como tu adoro conduzir quando chove, mas também o faço de forma consciente e responsável.
O que se passa também nestas alturas em que o piso se torna mais perigoso é os mesmos descuidos que sempre so que mais graves.
O ler o jornal... o retocar a maquiagem... o falar ao telemovel... enfim. Que no piso seco premite uma travagem mais brusca mas no que no humido a travagem é sempre no cú do carro vizinho
Beijos

Gi disse...

Preocupado com a segurança rodoviária!
Acho bem!
Eu não gosto de conduzir com chuva,não por mim mas porque sinto a insegurança dos outros...
Beijos seguros*

M. disse...

É preciso que chova? O civismo é o mesmo: à chuva ou ao sol...

E claro: a culpa é dos outros...(ou será das outras?)

AFONSO R: disse...

Dás bons conselhos!
Decidi seguir-te!

Mega disse...

@ Utena

Belo complemento com as coisas que certas mulheres fazem ao volante, mas pode ser sim um prazer guiar á chuva.
Adorei o detalhe do cu do carro vizinho.
Beijos a gargalhar

Mega disse...

@ Tilida

Gostos não se discutem, cada um com os seus.
E beijos seguros? Será o mesmo que chupar um rebuçado sem tirar o papelinho?
Beijos sorridentes

Mega disse...

@ M

O civismo é o mesmo ao sol e à chuva tens razão, mas as consequencias da falta dele são mais gravosas à chuva.
E a culpa será sempre de algum outro ou outra mesmo que esse outro seja um de nós.
Baci

Mega disse...

@ Afonso R

Espero que gostes
Um abraço